segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Saudade

Quebrar o braço dói. 

Morder a língua dói também, mas passa.

Dor doída mesmo é a tal da saudade.

Tem saudade que telefone e avião resolvem.

Tem saudade que basta deixar o orgulho de lado que ela acaba...

E tem a saudade que eu sinto.

Pensava que só existia saudade das coisas que estavam na lembrança, mas eu sinto saudades de coisas que nem aconteceram.

Senti saudades de apresentar meu primeiro namorado, do meu aniversário de 15 anos, da minha formatura e tantas outras coisas que eu desejava que Ele estivesse aqui.

Saber que passou e que não volta mais talvez devesse servir de conforto, e de fato em alguns momentos ainda serve, mas a ausência permanente de quem não faz mais parte do corpo físico na Terra dói por demais.  

É numa gargalhada feliz que os olhos marejam ao se lembrar de bons momentos juntos. E se me perguntam se estou triste por estar chorando respondo que não, definitivamente não. Só estou com dor de saudade...


E se Saudade hoje tivesse um nome, a minha seria Luiz.

Papai e Gabi

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