Quebrar o braço dói.
Morder a língua dói também, mas passa.
Dor doída mesmo é a tal da saudade.
Tem saudade que telefone e avião resolvem.
Tem saudade que basta deixar o orgulho de lado que ela
acaba...
E tem a saudade que eu sinto.
Pensava que só existia saudade das coisas que estavam na
lembrança, mas eu sinto saudades de coisas que nem aconteceram.
Senti saudades de apresentar meu primeiro namorado, do meu
aniversário de 15 anos, da minha formatura e tantas outras coisas que eu
desejava que Ele estivesse aqui.
Saber que passou e que não volta mais talvez devesse servir
de conforto, e de fato em alguns momentos ainda serve, mas a ausência
permanente de quem não faz mais parte do corpo físico na Terra dói por demais.
É numa gargalhada feliz que os olhos marejam ao se lembrar
de bons momentos juntos. E se me perguntam se estou triste por estar chorando
respondo que não, definitivamente não. Só estou com dor de saudade...
E se Saudade hoje tivesse um nome, a minha seria Luiz.
Papai e Gabi |
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